Hoje ser cidadão é ter garantia jurídica de todos os direitos civis, políticos e sociais que asseguram a possibilidade de uma vida plena. Esses direitos não foram simplesmente conferidos, mas sim exigidos, integrados e assumidos pelas leis, pelas autoridades e pela população em geral, variando conforme cada contexto social onde está inserido.
A cidadania também não é dada, mas construída em um processo de organização, participação e intervenção social de indivíduos ou de grupos sociais. Só na constante vigilância dos atos cotidianos o cidadão pode apropriar-se desses direitos, fazendo-os valer de fato.
Neste sentido, as diferentes formas de defesa da cidadania são empenhos e esforços coletivos pelos direitos e, portanto, pelo exercício da democracia, que é a constante criação de novos direitos. Tendo em vista o grau de complexidade e desigualdade dos sistemas sociais atuais podemos pensar em dois tipos de cidadania: Cidadania formal e Cidadania real.
A cidadania formal é concebida como aquela que está nas leis, principalmente quando reconhecida nos códigos jurídicas e na constituição de cada país. É a que estabelece que todos são iguais perante a lei e garante ao indivíduo a possibilidade de lutar judicialmente por seus direitos.
Já a Cidadania Real é aquela que vivemos no dia a dia, mostrando que não há igualdade entre os seres humanos. Assim, os direitos só se tornam efetivos e substantivos quando são exigidos e vividos cotidianamente.